Playground em Condomínios
Playground é uma área de recreação especialmente planejada para crianças e adolescentes, geralmente ao ar livre, com o objetivo de estimular a prática da atividade física e brincadeiras.
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Playground: Normas mudam para dar mais segurança às brincadeiras
Os condomínios residenciais devem ficar atentos às novas especificações sugeridas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Uma comissão formada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), entidades oficiais, laboratórios de testes, fabricantes e fornecedores trabalhou nos últimos dois anos para a revisão das normas de segurança dos brinquedos de playgrounds. E no final de julho passado, os novos parâmetros foram publicados e se tornaram oficiais, através da NBR 16.071, que revogou a norma anterior, de nº 14.350. O objetivo é auxiliar fabricantes e usuários a compreenderem melhor os requisitos mínimos de segurança nos playgrounds, entre outros.
Segundo o arqui teto Fábio Namiki, coordenador do Comitê de Segurança de Playgrounds da ABNT, a comissão procurou reorganizar a apresentação e facilitar o entendimento das diretrizes, entre elas, os requisitos de segurança para a fabricação do brinquedo; os ensaios necessários em laboratório; os pisos amortecedores de impacto; as normas de implantação do playground; os procedimentos para os instaladores; e, finalmente, normas de uso e de manutenção dos brinquedos. Namiki ressalta que a nova norma traz ainda, de maneira mais clara e objetiva, a recomendação para que os responsáveis pelos playgrounds tenham um livro permanente de registro de ocorrências, façam inspeções mensais e providenciem laudos técnicos anuais por um especialista. Manutenção e Segurança O arquiteto lembra que a norma não é obrigatória, mas adverte que as orientações devem ser cumpridas rigorosamente. “É recomendada uma vistoria diária pelo agente da comunidade, o zelador ou mesmo uma mãe. É uma inspeção que visa identificar pequenas avarias ou irregularidades que qualquer pessoa pode prever. A cada seis meses deve haver uma vistoria técnica, observando as estruturas, entre outros pontos. Anualmente deve-se realizar uma vistoria com responsabilidade técnica, verificando-se todos os requisitos de segurança listados na norma”, destaca o arquiteto.
Tânia Azoubel, síndica em 2º mandato consecutivo do Edifício Athenas Garden, localizado na zona Sul de São Paulo, fala com orgulho sobre os cuidados que dispensa à manutenção do playground do condomínio residencial em que mora: “Eles são diários. É feita a limpeza geral dos brinquedos, bancos, grama e pedras já existentes. Infelizmente não tínhamos um playground e sim um espaço livre que durante anos ficou sem a função deste lazer. Hoje é muito gratificante ver as crianças brincarem e receber o reconhecimento por parte dos pais”.
Para Ângela Merici Grzybowski, síndica do Condomínio Residencial Maresias desde 2006, é importante estar sempre atenta à condição dos brinquedos e à limpeza do playground. “A manutenção básica é a limpeza e o eventual conserto de algo. Nossa vistoria é quase que diária para verificar o estado geral dos brinquedos e de toda a área do playground. Ao longo desses quase cinco anos, o ‘brinquedão’ precisou passar por alguns consertos e agora já estamos pensando em sua substituição, pois a madeira começa a dar sinais do final de sua vida útil”, diz a síndica, do condomínio localizado em Perdizes, zona Oeste de São Paulo.
Mas além da manutenção e vistoria constantes, Ângela destaca alguns aspectos de projeto e construção que devem ser levados em conta (Confira a orientação da nova norma da ABNT ao final desta reportagem). “O piso nivelado, grelhas de esgoto protegidas e piso de grama sintética colada protegem as crianças de eventuais quedas. Os brinquedos precisam ser vistoriados para consertar eventuais farpas ou pregos expostos (no caso de brinquedos de madeira) e pontas (nos brinquedos de plástico) que possam arranhar ou machucar a molecada. A área destinada ao playground deve ter ainda uma tela de proteção para eventual queda de objetos das janelas dos apartamentos”.
O arquiteto Fábio Namiki recomenda atenção ainda ao piso escolhido, lembrando que ele deve oferecer maior segurança e permitir o amortecimento de quedas e impacto. “O piso deve proporcionar o amortecimento de uma queda de até três metros de altura, sem que haja fratura craniana. Conferir essa especificidade só é possível em laboratório (conforme determina a revisão da NBR), ou com o deslocamento de equipamento especializado até o local. Materiais soltos como a areia e os pedriscos atendem a esse requisito, desde que respeitada a camada mínima de 30 cm. Pisos de borracha precisam necessariamente passar por testes, sendo que muitos dos existentes no mercado ainda não têm nenhum tipo de certificação”, observa Namiki.
SEGURANÇA: ADULTOS SEMPRE POR PERTO
Outro aspecto importante diz respeito ao acompanhamento constante de um adulto ou de uma pessoa responsável. Pensando neste cuidado, a síndica Tânia Azoubel encontrou uma boa alternativa. “Junto com os brinquedos, colocamos uma área onde os pais podem ler um jornal, uma revista, ou mesmo fazer algumas anotações enquanto as crianças brincam. Eles ficam bem à vontade, ainda mais agora que colocamos uma mesa de apoio com guarda-sol. Também é muito importante que os acompanhantes observem os limites de cada brinquedo. Tentamos escolher brinquedos que ofereçam o mínimo de perigo. Quando é possível ver alguma irregularidade, como o deslocamento de um equipamento do lugar, podendo tirar a sua estabilidade, alertamos e conversamos com os moradores, o que tem dado resultados positivos”, relata. A psicóloga e psicopedagoga Sirlândia Reis de Oliveira Teixeira, conselheira da Associação de Brinquedotecas (ABBrin) e membro da International Toy Library Association (ITLA), esclarece que, na verdade, o fato de ser criança já indica que deve estar sempre acompanhada pelos pais ou responsáveis. “Por mais que o playground seja seguro, o risco de acidentes é inevitável, principalmente quando estão subindo ou descendo no escorregador, ou balançando nos brinquedos. Porém, os pais podem manter certa distância a medida que percebem que os filhos estão seguros. Um dado importante que muitas vezes os pais podem esquecer é a vestimenta da criança. Por isso, vale lembrar que os pais precisam ‘checar’ os filhos antes de sair de casa. Por exemplo: cordão pendurado, capuz ou outros acessórios podem enroscar ou atrapalhar na hora das brincadeiras”, lembra a psicóloga.
QUAL É O MATERIAL MAIS INDICADO PARA OS BRINQUEDOS?
“O tipo de material realmente depende da faixa etária. Para os pequenos o mais recomendado é a utilização de brinquedos de plástico rotomoldado. Embora a vida útil do material seja menor, os riscos de causar acidentes graves diminuem bastante. Já para os maiores de sete anos, o brinquedo de madeira atende com mais tranquilidade e segurança. Mas vale lembrar que o tipo de material também depende do tamanho do playground. No caso dos brinquedos de plástico, é recomendável que fiquem num local coberto, mas com ampla área externa sem cobertura. Isso porque eles absorvem muito o calor, impedindo os pequenos de brincar nos dias muito quentes.” Sirlândia destaca que é importante visualizar o ambiente do playground como um todo, separando os brinquedos por faixa etária e sinalizando qual a idade das crianças que podem utilizá-los.
Sirlândia comenta que, embora as normas da ABNT sejam muito claras quanto às medidas dos brinquedos, muitos condomínios compram os equipamentos sem a supervisão de um especialista. “Vale lembrar uma regra básica: quanto menor a criança, menor o brinquedo. Isto é, se o brinquedo é para uma criança de três anos, por exemplo, essa criança deve ter acesso a ele facilmente, pois o risco de se machucar com gravidade é menor em casos de queda.” O arquiteto Namiki reforça: “Cada tipo de material vai responder melhor a um ambiente, uma demanda. Se pensarmos na possibilidade dos brinquedos sofrerem vandalismos, a madeira e o aço são mais robustos. Cada faixa etária tem uma série de requisitos de segurança que devem estar incorporadas ao projeto do brinquedo e da área do playground, independentemente do material utilizado.”
O MAIS IMPORTANTE É BRINCAR!
Além das questões técnicas e de segurança, o objetivo principal dos playgrounds dos condomínios residenciais é oferecer um ambiente saudável, descontraído e que contribua para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, afetivas e sociais das crianças. “É fundamental que o playground seja atrativo para as crianças. Assim, as cores, o formato, a área livre e o que há em volta precisam encantar os pequenos. O quanto as crianças vão se interessar pelo playground vai depender do quanto o brinquedo é desafiador para determinada faixa etária. Porém, é nítida a preferência pelo escorregador, o balanço, a gangorra, o gira-gira e o tanque de areia, até porque são os mais comuns nestes espaços”, comenta a especialista Sirlândia Reis.
Por fim, a psicopedagoga completa: “E nos condomínios onde também há uma brinquedoteca, é recomendável que haja um profissional responsável, que é o ‘brinquedista’, com formação reconhecida pela Associação Brasileira de Brinquedotecas.”
A NOVA NORMA TÉCNICA
• Devem-se considerar vários aspectos de um projeto a fim de prevenir a corrosão de partes componentes do equipamento;
• As roscas de parafusos salientes acessíveis devem ter acabamento de proteção, para que não permaneçam cantos afiados. Porcas, pinos e parafusos devem ser resguardados contra afrouxamento com o uso. Os componentes não devem ter quaisquer cantos afiados ou agudos, ou protuberâncias em qualquer posição que representem perigo para uma criança;
• As superfícies de todas as partes devem ser protegidas por revestimento ou impregnação superficial, os quais não devem conter substâncias prejudiciais à saúde. Antes da pintura, o ferro e o aço devem estar completamente limpos, secos e livres de resíduos que possam comprometer a durabilidade da pintura, entre outros;
• As partes de madeira dos playgrounds não devem ser tratadas com ‘preservantes’ tóxicos, como o pentaclorofenol ou seus sais;
• As superfícies e cantos acessíveis de madeira devem ter acabamento liso, livre de lascas, rebarbas ou farpas. Deve-se verificar se os mesmos não possuem bordas afiadas e pontas agudas;
• Todas as superfícies destinadas a entrar em contato com os pés devem ser horizontais e uniformes. Pisos ou degraus devem ser espaçados por igual;
• Por ocasião do fornecimento de um equipamento de playground, convém que seja elaborado um contrato obrigando o contratante à inspeção, a ser efetuada por organismo competente.
A garantia legal, conforme o Código de Defesa do Consumidor, é de 90 dias, podendo ser completada pela garantia contratual, cujos itens convém que sejam especificados por cada fabricante / fornecedor no contrato. Este deve possuir também uma lista de verificação mínima, considerando-se os padrões de segurança, podendo constar de um manual de operações;
• No mesmo contrato, convém que sejam expostas as obrigações do fabricante / fornecedor e contratante, junto com as plantas elétricas, hidráulicas e estruturas que venham influenciar a instalação do equipamento de playground. Os atos de vandalismo que invalidem a garantia devem ser comprovados pela inspeção registrada e certificada;
• Quando o equipamento acaba de ser colocado em funcionamento, convém que sejam inspecionadas, diariamente, falhas características do “período de amaciamento”. A duração do período de amaciamento dependerá das condições locais.
Playground – Grama Sintética
Segurança , robustez, desafio, conforto e beleza constituem os requisitos básicos que os playgrounds devem apresentar hoje ao exigente público dos condomínios, atendendo à necessidade cada vez maior que os pais sentem de proporcionar opções confiáveis e atraentes de lazer e entretenimento às crianças e adolescentes. São características essenciais aos brinquedos, afirma José Gilberto Gaspar Junior, diretor comercial da Instrutoy. Por isso, a utilização de plástico rotomoldado de alta resistência é uma “tendência consagrada mundialmente”, observa Gaspar, já que o material satisfaz a essas exigências.
“Tem crescido também a demanda por pisos que representem efetiva segurança para as crianças”, acrescenta. Segundo o diretor comercial, além da grama sintética, “os revestimentos emborrachados (shock pad) e estrados de borracha destacam-se como eficientes amortecedores de impacto, conforme prescreve a NBR 14350, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”.
A Instrutoy se especializou no fornecimento e montagem de brinquedos e pisos de segurança, destaca Gaspar, apresentando desde modelos básicos aos avançados, entre eles balanços, escorregadores, casinhas, gira-giras, camas elásticas, piscinas de bolinhas, kits esportivos e móveis lúdicos, além dos revestimentos. Gaspar ressalva, no entanto, que os condomínios acabam escolhendo brinquedos de maior porte, de forma a proporcionar “maiores desafios às crianças”. “São brinquedos compatíveis com um número maior de usuários e atendem a uma faixa etária mais ampla, atingindo mesmo os adolescentes”, diz.
Com sete anos de mercado, a Instrutoy desenvolve projetos personalizados e está sempre atenda às novidades. Neste ano, por exemplo, oferece casinhas infantis com temática campestre, mais opções em brinquedos pequenos e o “lançamento de acessórios que permitem combinações criativas para os tradicionais centros de atividade”.
Na BrinQi, empresa com 15 anos de mercado, as inovações neste ano estão em uma nova linha de jogos gigantes e playgrounds espumados, revela a gerente de vendas e assessora de imprensa Sabrina Andréa. Fabricante de grandes estruturas, os chamados “brinquedões”, como o Kiddie Play, além dos espumados e dos jogos, a BrinQi está mostrando seu portfólio em um novo showroom. Os playgrounds são produzidos em polietileno rotomoldado ou estrutura de ferro galvanizado e peças do mesmo polietileno (“brinquedões”).
A empresa trabalha ainda com diferentes tipos de revestimento, como a grama sintética e o piso em EVA, além de mobiliário escolar e brinquedos pedagógicos e educativos. “Atendimento especializado, qualidade e a preocupação com a segurança das crianças são os diferenciais que fazem da BrinQi uma empresa de excelência no mercado”, avalia a gerente.
Na Dedo Brinquedo, um dos diferenciais reside em sua ampla carteira de produtos, por meio da revenda dos principais fabricantes nacionais e estrangeiros.
A empresa lançou a comercialização via internet de itens como cama elástica, piscina de bolinhas, casinhas, infláveis, playgrounds e espumados para bebês. Entre os importados, a empresária Denise Carareto de Oliveira Silva destaca as marcas Little Tikes e Step 2. “São produtos exclusivos e diferenciados, muitas vezes com prazo de entrega mais curto que os nacionais, pois fazemos a importação direta das peças.”
Criada há seis anos para atuar junto às escolas, a empresa percebeu uma grande oportunidade de ampliar o mercado atendendo aos condomínios, que representam hoje cerca um quarto de sua clientela. Denise observa, no entanto, que os brinquedos dos condomínios devem ter um porte maior, pois são utilizados por crianças mais velhas.
“Caso contrário, o condomínio deve limitar o seu uso”, pondera.
Neste quesito resistência, uma boa opção do mercado está nos conjuntos montados com estrutura em eucalipto, um dos carros-chefes da Emília Playgrounds. “Eles são bem mais duráveis, não enferrujam como os tubulares e têm uma durabilidade incomparável”, ressalta a gerente comercial Sandra Alves. A empresa realiza também restauração e manutenção. “Os brinquedos de tora, madeira e até mesmo os tubulares são feitos para durar, mas para isso devem passar por manutenção no mínimo uma vez a cada ano”, comenta a gerente, lembrando que dá para recuperar até os mais antigos. De acordo com Sandra, a empresa introduziu neste ano as linhas de alambrado, pisos (em EVA e grama sintética) e jogos educativos.
Com a Fantasy Play, os condomínios têm mais uma opção no segmento dos importados, entre eles as marcas Little Tikes e Step 2. “Fabricados nos Estados Unidos, elas trazem projetos diferenciados e excelente custo benefício”, afirma o diretor Ricardo Alvite. Com quase sete anos de mercado, a Fantasy não se restringe, porém, a esses produtos: comercializa uma ampla linha de playgrounds, acessórios, mobiliário infantil, além da linha de esportes e lazer (como mesa de jogos) e dos pisos em borracha e grama sintética.
A grande variedade é um dos destaques da empresa, comenta Alvite, lembrando que a Fantasy procura ficar atenta às novidades dos fabricantes.
Já a Speed Kids apresenta outro foco: é fabricante de playgrounds de alta perfomance, “próprios para serem expostos ao ar livre”. “Temos três linhas, a Superplay (com exclusiva tecnologia americana, onde as peças metálicas são recobertas com uma resina de PVC, protegendo o material contra maresia e dificultando o vandalismo), a Popplay (ideal para escolas e creches) e a Ecoplay (em madeira reflorestada e tratada)”, enumera a gerente comercial Fernanda Romano. Os produtos são projetados dentro de normas internacionais de segurança, “inclusive ABNT”, enfatiza Fernanda. Modulares, eles permitem aos condomínios desenvolver projetos diferenciados, já que a empresa trabalha com atendimento personalizado e o suporte de uma arquiteta.
Criada há uma década, a Speed Kids lançou neste ano o Popplay KSY, um playground de dois andares, “que proporciona emoção e segurança”, e também a linha Ecohouse, com casinha acoplada à estrutura.
Já a SportBrasil atua com pisos esportivos e de playground.
Sua linha para esta área inclui gramados sintéticos de 10, 12 e 20 mm, nas cores verde, amarelo, azul, branco, vermelho e preto, afirma o gerente comercial Bruno Orsini. O revestimento pode ser aplicado ainda em espaços voltados à prática esportiva e recreativa e também ao paisagismo. A SportBrasil iniciou suas atividades há dez anos e apresenta como diferencial os gramados sintéticos para playground em 12 e 20mm, com 62.500 pontos por metro quadrado, “o produto mais denso do mercado”. A empresa disponibiliza equipes especializadas para a instalação dos pisos. A partir deste mês, terá um novo showroom, “com opções de cores e tamanhos de gramado para pronta entrega”, no bairro do Pacaembu, zona Oeste de São Paulo, novo escritório comercial da empresa.
Playground: pisos
Um playground seguro e que promova o desenvolvimento e a diversão das crianças não é feito apenas por brinquedos. O piso instalado no local é fundamental para que todos se divirtam em segurança. Pedras, cimentos e cerâmica, nem pensar. “O ideal é utilizar um piso emborrachado, que amorteça a queda”, aponta a psicóloga e psicopedagoga Sirlândia Reis de Oliveira Teixeira, conselheira da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBrin) e membro da International Toy Library Association (ITLA). Para o arquiteto Fábio Namiki, coordenador do Comitê de Segurança de Playground da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), um piso de areia, desde que com 30 centímetros de altura, também é um excelente amortecedor de impacto.
Já uma superfície de EVA com um milímetro de espessura “não é recomendado para playgrounds, pois não irá amortecer uma queda”. “E, mesmo utilizando pisos de segurança, é preciso cuidar para que possíveis fundações de concreto dos brinquedos não fiquem expostas, colocando as crianças em perigo.”
A arquiteta Mara Cabral explica que além de absorver impactos, o piso deve ser antiderrapante e não ser tóxico para o usuário, nem para o meio ambiente. Mara também alerta para a importância de planejar brinquedo e piso simultaneamente. “Muitas vezes o brinquedo está contido no próprio piso, como é o caso da amarelinha, caracol ou outra paginação lúdica. Como regra geral, primeiro define-se o espaço de implantação do playground, os equipamentos e a circulação dos usuários. Se os equipamentos forem somente apoiados sobre o piso, ele pode ser instalado antes. Se os equipamentos forem chumbados ou fixados no solo, o piso de borracha entra por último, recortando as bases de fixação, como se faz nos carpetes.”
Em função da altura dos brinquedos e, portanto, da altura de uma eventual queda, determina-se o desempenho da absorção de impacto que o piso deve apresentar. Para áreas externas, devem ser utilizados pisos de borracha resistentes ao tempo. Mara indica os de borracha EPDM (uma variedade disponível no mercado, resistente ao ozônio, intempéries, ácidos diluídos e salmoura). “O que vai determinar a resistência ao tempo é a formulação, que inclui os aditivos antioxidantes e antiozonantes. Os pisos de borracha menos resistentes ao tempo são geralmente os prensados a frio com poliuretano. Também os pisos de borracha porosos, que acumulam no seu interior poeiras, ao longo do tempo acabam endurecendo e perdem suas propriedades”, avalia.
Existem modelos de revestimentos de borracha para áreas permeáveis, que são instalados diretamente no solo sobre uma camada de brita e areia. Outros são indicados para áreas não permeáveis, e exigem um contrapiso regularizado e liso. Alguns tipos permitem instalação em cima de outro piso existente. Porém, conforme pondera Mara, “se houver depressão na base, a água da chuva não irá escoar e dependerá da evaporação para secar”. Pisos de borracha devem ser lavados uma vez por mês com detergente neutro, e a cada seis meses com máquina industrial para valorizar as cores. Para brinquedotecas internas que tenham brinquedos altos, acima de 80 centímetros, a arquiteta recomenda o piso de absorção de impacto. Caso contrário, podem ser utilizados os sintéticos laminados, de fácil manutenção. (L.O.)
O fabricante deve seguir normas
Poucos condomínios dão a devida importância ao playground. Afinal, pensam os menos informados, é apenas um espaço para as crianças brincarem… Porém, os brinquedos do playground – ou o tradicional parquinho – devem ser fabricados seguindo rigorosamente as normas técnicas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Segundo o engenheiro Mariano Bacellar Netto, diretor técnico do IQB – Instituto da Qualidade do Brinquedo, o playground é uma área de risco e, por isso, existe a norma NBR 14.350 da ABNT. A certificação (um atestado de que o produto atende à norma técnica) não é obrigatória para brinquedos de playground. “A norma não é obrigatória mas os empresários idôneos a seguem. Antes de comprar, pergunte sempre se o brinquedo é certificado pelo IQB”, recomenda o engenheiro.
Apesar de não obrigatória, a norma técnica ganha efeito de lei depois da instituição do Código de Defesa do Consumidor. “O Código é explícito: se a norma existe, é vedado ao fabricante colocar um produto no mercado em desacordo com ela”, explica Marco Antonio de Assis, gerente executivo do Instituto Betontec, órgão que atua em parceria com o IQB na inspeção da instalação de playgrounds.
Ou seja: a norma especifica os requisitos mínimos para a fabricação de um brinquedo. Por exemplo, a saída do escorregador deve ter um ângulo tal e um comprimento determinado, de maneira que a criança termine a descida suavemente, sem cair abruptamente no chão, o que poderia causar danos à coluna. Outros exemplos são o espaçamento exigido para as ripas de madeira do balanço ou o rolamento do gira-gira, que limita a velocidade do brinquedo.
Playground: brinquedos
Oferecer um espaço seguro e adequado para as brincadeiras infantis é um dos grandes desafios do síndico. Mais do que valorizar qualquer empreendimento, um playground em acordo com as normas técnicas significa tranquilidade para o gestor e uma opção positiva para o desenvolvimento das crianças. “O playground bem montado é uma prova de carinho e de responsabilidade com a criança”, afirma a psicóloga e psicopedagoga Sirlândia Reis de Oliveira Teixeira, conselheira da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBrin) e membro da International Toy Library Association (ITLA).
Se for possível, a especialista orienta que o espaço seja separado em ambiente com brinquedos para os menores, de até quatro anos, e outro com atrações para os maiores. “Sugiro itens de plástico para os pequenos, pela facilidade de higienização, com modelos de gangorra, escorregador, casinha, labirinto e balanço duplo ou individual”, enumera. “Os brinquedos não devem ser fáceis de desmontar, apenas um adulto deve conseguir fazê-lo, e devem ter design anatômico e confortável”, completa. Para os maiores, com até 12 anos, ela acredita que os de madeira são os mais indicados.
Segundo Sirlândia, os brinquedos estimulam o movimento e permitem “momentos de euforia, em que as crianças se sentem livres e em segurança”. “A brincadeira no playground ajuda na coordenação motora ampla (como a corrida, que mexe com o corpo todo), média (atuando nos membros inferiores e superiores), além de estimular descobertas, equilíbrio, proporcionar autoconfiança, autoestima e socialização”, aponta.
Antes de comprar qualquer brinquedo, o síndico deve procurar orientação de um arquiteto ou arquiteto paisagista para decidir onde colocar o playground. A recomendação é do coordenador do Comitê de Segurança de Playground da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o arquiteto Fábio Namiki. “Este profissional será responsável pela localização do espaço no condomínio. O primeiro ponto é procurar uma área ventilada, com alguma insolação e sombreamento, um local agradável para a convivência das mães e das crianças”, sustenta Namiki. Somente depois se analisará o tamanho apropriado dos brinquedos. “Geralmente, é preciso reservar 1,50 metro de área livre entre eles, de cada lado.”
O síndico pode exigir do fabricante a apresentação de laudo feito por um laboratório homologado pelo Inmetro, avaliando se o brinquedo está de acordo com a norma técnica. “A norma ABNT 14.350, que diz respeito à segurança de brinquedos de playground, está passando por revisão. Ela não é obrigatória, mas os fabricantes podem segui-la voluntariamente, garantindo a segurança e o sossego do síndico caso haja algum acidente”, explica o coordenador. Pela norma, as exigências variam conforme o tipo e a origem da matéria-prima utilizada na fabricação dos equipamentos. O eucalipto presente nos brinquedos de madeira, por exemplo, deve ter sido tratado, preferencialmente, por CCB, já que outro produto utilizado para este fim, o arsênico CCA, é potencialmente tóxico. No plástico, podem ser empregadas resinas de melhor ou de pior qualidade. “Mas uma resina de má qualidade pode criar farpas. Já o metal é um ótimo material para um escorregador, mas desde que não fique exposto ao sol, esquentando e podendo causar queimaduras”, finaliza Namiki. (L.O.)Playground : Lazer com segurança e saúde
Confira o tipo de estrutura, acabamento e desempenho oferecido pelos brinquedos e verifique a toxidade dos materiais utilizados.
A certificação compulsória ainda não chegou ao segmento dos playgrounds, mas os fabricantes se adaptam cada vez mais às orientações contidas na NBR 14.350, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para proporcionar brinquedos mais seguros às crianças. O Instituto Brasileiro de Qualificação e Certificação (IQB), criado pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, já oferece um serviço de certificação voluntária para essas empresas. “Os técnicos do IQB fazem uma verificação in loco nos brinquedos, realizam testes de segurança conforme a NBR e deixam recomendações para eventuais correções no projeto”, afirma Sinésyo Batista da Costa, presidente da Abrinq. “Se o síndico exigir que o equipamento do fabricante seja certificado, ele terá um parque mais seguro”, garante.
De acordo com a arquiteta Mara Cabral, alguns erros são ainda muito frequentes nos condomínios, como “brinquedos mal dimensionados para o espaço, quinas e cantos na circulação, vegetação tóxica na área do playground, além de falta de acessibilidade e de manutenção”. Entretanto, novos conceitos começam a aparecer nos projetos. “As gangorras não descem mais até o chão, são amortecidas com um conjunto de molas e assim não esmagam mais as crianças que por acidente venham a cair dela, nem desfavorecem aquela que sai por último do brinquedo.
O gira-gira não é mais vazado, traz uma plataforma no piso que se movimenta junto com o assento. E o balanço não está mais conjugado com o brinquedão, ficou independente. Os pregos nos brinquedos de madeira foram substituídos por parafusos embutidos ou encapados”, exemplifica Mara.
A preocupação com a segurança do playground envolve estrutura, acabamento, posição dos equipamentos, acessórios e também saúde. Segundo a norma da ABNT, em termos de estrutura, o brinquedo não pode exibir trincas, deformação ou danos permanentes e nenhuma conexão deve afrouxar. As plataformas que estão ao alcance dos pés precisam ser horizontais e uniformes e os degraus têm que ser espaçados por igual. Em termos de acabamento, é preciso encapar roscas de parafusos salientes, evitando a presença de elementos pontiagudos.
As superfícies dos corrimãos devem ser lisas e contínuas, sem lascas ou pontas. Já o layout do conjunto deve apresentar brinquedos e acessórios com um distanciamento mínimo, para que uma criança não atinja as demais.
Quanto à saúde, para o tratamento das partes confeccionadas com madeira é desaconselhável o uso de preservantes tóxicos, como o pentaclorofenol ou seus sais. Na verdade, a arquiteta Mara Cabral recomenda que toda a estrutura seja produzida com material atóxico. Para evitar acidentes e fraturas, a arquiteta sugere a aquisição de brinquedos de extremidades arredondadas, guarda-corpo com barras de proteção na vertical, escorregador com curva de desaceleração (“assim a criança não descarrega o peso do corpo no joelho nem no cóccix”), e balanço com no máximo dois assentos, de material leve.
Finalmente, os modelos devem ser apropriados às faixas etárias. “Para crianças de zero a cinco anos, são recomendados brinquedos que estimulam os sentidos (cheiro, tato, cor, audição), formas, tamanho e equilíbrio. Os brinquedos com mola vêm com tudo”, destaca.
Para os maiores, até dez anos, o ideal é estimular a “destreza na motricidade, coordenação, coordenação fina, equilíbrio, criatividade e movimento”.
Fonte: http://www.direcionalcondominios.com.br
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