Entupimentos em condomínios
Eles são tão minúsculos que sequer imaginamos que poderão causar problemas. Mas, pequenas coisas como fios de cabelo, absorventes e preservativos, entre outros, que são jogados no vaso sanitário são os maiores causadores de entupimentos nas bombas submersas dos condomínios e o problema que causam podem ser bem maiores.
Todo material descartado no bacio segue por uma tubulação até um poço coletor onde ficam as bombas submersas responsáveis por encaminhar o produto recolhido até a rede de tratamento. O problema surge quando objetos estranhos jogados no vaso acabam se acumulando nessas bombas causando entupimentos, vazamentos e infiltrações.
Foi isso o que aconteceu no condomínio Recanto do Ribeirão, no Sul da Ilha de Santa Catarina. “Dejetos dos apartamentos emperraram uma das bombas da nossa estação de tratamento de esgoto, retiramos muitos fios de cabelo, pedaços de pano entre outros materiais inadequados. Depois do ocorrido, enviamos um comunicado com fotos documentando todos os problemas encontrados e sugestões de boas práticas para o uso dos ralos e vasos sanitários”, declara Roberta de Oliveira, síndica do condomínio com 90 unidades e cerca de 180 moradores.
Em boa parte dos casos, quando as bombas entopem, causam um curto-circuito que queima a parte elétrica do equipamento e também podem ocasionar danos em outros componentes do mecanismo como rolamentos, selo mecânico, eixos e borrachas de vedação, e isso pode tornar o conserto inviável ou tão caro que é mais vantajoso substituir as bombas do condomínio, causando mais prejuízos para síndicos e moradores.
Durante o conserto de bombas danificadas, o uso de vasos sanitários e ralos não é interrompido, mas pode causar uma sobrecarga nos reservatórios uma vez que os dejetos não são mais encaminhados ao seu destino correto, causando mau cheiro e aumentando os transtornos a todos os envolvidos.
“É um problema muito comum em hotéis e pousadas, mas que também acontece bastante em prédios residenciais e comerciais muitas vezes por desatenção ou acidente. Absorventes, preservativos e embalagens plásticas são os objetos mais comuns que encontramos, mas já recolhemos até fraldas e panos de prato”, diz Marcelo Mazur, técnico de empresa ligada ao setor de bombas.
“Algumas vezes o problema também surge por uma questão cultural de não dar a devida importância ao descarte dos dejetos pelo raciocínio de que o vaso sanitário é o destino final para qualquer tipo de material. A falta de atenção ao manual de instruções também pode agravar a situação uma vez que a maioria dos fabricantes não inclui o mau uso dos equipamentos na cobertura da garantia oferecida”, completa.
Novos modelos de bombas existentes no mercado já estão sendo fabricados com facas trituradoras para justamente evitar a ocorrência desses problemas, mas se o investimento no equipamento for empecilho para sua utilização por parte de síndicos, a educação ainda é a melhor solução.
Por Cesar Dias
Fonte: http://condominiosc.com.br
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